Lançado projeto-piloto de dispensa de anti retrovíricos nas farmácias

As farmácias que aderiram ao projeto-piloto para dispensarem medicamentos antirretrovirais aos doentes com VIH/Sida não vão ser pagas por este novo serviço durante o primeiro ano de experiência. A garantia foi dada nesta quinta-feira pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, na cerimónia de lançamento do novo projeto, que decorreu na farmácia Estácio, em Xabregas, Lisboa.

Até agora, os medicamentos para o VIH/Sida tinham sempre de ser levantados pelos doentes diretamente no hospital onde eram seguidos, o que acarretava problemas com o tempo e os custos da deslocação, já que muitos dos infestados vivem longe das unidades hospitalares. A ideia de passar esta função para as farmácias fazia já parte do programa de Governo.

Com o projeto-piloto lançando para assinalar o Dia Mundial de Luta Contra a Sida, um grupo de voluntários (todos doentes do Centro Hospitalar de Lisboa Central, de que faz parte o Hospital Curry Cabral) vai testar durante um ano a possibilidade de levantar a medicação nas farmácias que aderiram ao projeto. No total, serão quase 800 voluntários: metade continua a ir buscar os tratamentos ao hospital e a outra metade vai diretamente a uma farmácia das 300 farmácias que vão integrar esta rede. O Imperial College de Londres vai acompanhar os resultados desta mudança, para perceber que impactos tem esta alteração no acesso aos fármacos e na adesão dos doentes ao tratamento.

02-12-2016