Medicamentos "inovadores" aumentam despesa dos hospitais

Segundo a Conta Satélite da Saúde, do Instituto Nacional de Estatística (INE), a despesa corrente dos hospitais públicos aumentou 2,3%, em 2015, "invertendo a tendência de diminuição que se observava desde 2010".

Isso deveu-se "principalmente" ao aumento da despesa com o consumo intermédio, ou seja, com a compra de medicamentos "inovadores", utilizados no tratamento de doenças oncológicas, SIDA e Hepatite C.

No que toca apenas à despesa com farmácias, em 2015, subiu 3,9%, não só devido à compra desses novos medicamentos mas também devido à aquisição de anticoagulantes orais e antidiabéticos.

No geral, os hospitais públicos levaram 52,1% do financiamento do Serviço Nacional de Saúde, em 2014 e 2015. Anos em que subiu a despesa corrente com saúde. Tendência que se manteve em 2016.

Em 2015 e 2016, em termos nominais, a despesa corrente em saúde aumentou 3,1% e 2,17%, respetivamente", revela o INE. Ainda assim, esse crescimento, que tem sido constante desde 2010, acontece a um ritmo inferior ao do PIB (Produto Interno Bruto) que, em 2015, cresceu 3,7% e, em 2016, subiu 3,0%.

Os dados do INE ainda são provisórios para 2015 e preliminares para 2016. Quando a 2014, são definitivos. Nesse ano, "a despesa corrente em saúde atingiu 15.615,8 milhões de euros, correspondendo a 9% do PIB e a 1.501,36 per capita", revela o INE.

27-06-2017