Debate sobre distribuição química e farmacêutica com assinatura da Cooprofar

"A Distribuição Química e Farmacêutica – Presente e Futuro" foi o tema que juntou, em Lisboa, os players dos vários setores de atividade representados pela Groquifar (Distribuição Farmacêutica e Veterinária, de Produtos Fitofarmacêuticos e Químicos e o Setor das Empresas de Serviço de Controlo de Pragas). O encontro realizou-se nos dias 16 e 17 de outubro, naquele que foi o 1º Congresso Nacional da Groquifar e contou com a participação da Cooprofar.

 

De acordo com a Groquifar, “o evento teve como objetivo abordar os esforços que as empresas dos vários setores de atividade económica, representados pela associação, têm vindo a efetuar para fazer face às alterações decorrentes da incidência de fatores económicos e legislativos, bem como aos desafios a enfrentar no futuro”. 

 

Para a Groquifar, “os associados e as empresas dos setores representados têm um papel importante na retoma económica do país, enquadrado na estratégia da União Europeia para um crescimento sustentável da sua atividade.”

 

A distribuição química e farmacêutica movimentou, no ano passado, cerca de oito mil milhões de euros e atingiu os 500 milhões de euros em exportações, apontou um estudo feito pela Groquifar cujas conclusões foram apresentadas no congresso.

 

O setor atingiu ainda os 500 milhões de euros em exportações, sendo que 36% das empresas da área da distribuição farmacêutica e 44% da distribuição química são exportadoras. O documento, centrado na evolução recente, na situação atual e na caracterização dos vários setores de atividade representados na Groquifar, destaca ainda o aumento de 225% nas exportações no setor de controlo de pragas.

 

"Houve um conjunto de sessões técnicas para os vários setores, com intervenções sobre as temáticas associadas, e para as quais foram convidados a participar os interlocutores que nos vários organismos estatais que acompanham diretamente a atividade dos associados, bem como técnicos e especialistas de reconhecido mérito e os presidentes das associações com que colaboramos”, reportou fonte da Groquifar.

 

Groquifar defende passagem de alguns medicamentos do canal hospitalar para o ambulatório

 

A relação com o SNS e a necessidade de criar pontes foram temas alvo de debate. "O SNS nos seus novos modelos de organização e gestão seguem cada vez mais uma lógica de centralização e gestão integrada. As empresas que operam na distribuição farmacêutica, nomeadamente de medicamentos, são empresas altamente especializadas, de elevada capacidade tecnológica e robotização, o que permite níveis de serviço e eficiência bastante elevados. As suas competências em associação com a distribuição geográfica podem potenciar e racionalizar bastante o processo logístico associado à logística hospitalar, centros de saúde, lares e misericórdias", defendeu o representante da Divisão Farmacêutica da Groquifar. Uma outra oportunidade mais evidente será a passagem de alguns medicamentos do canal hospitalar para o ambulatório. Portugal tem uma boa rede de Farmácias Comunitárias com a presença profissional do farmacêutico e fará sentido a passagem de alguns medicamentos para este canal, por forma a melhorar a acessibilidade dos doentes aos medicamentos e a sua utilização.

24-10-2014